Um acervo composto por 585 objetos indígenas brasileiros que estavam há 15 anos irregularmente na França finalmente voltou ao país – e a Art Quality, parceira da Clé Reserva Contemporânea, foi a empresa responsável pela operação de repatriação. A chegada do acervo no dia 10 de julho, no Aeroporto de Guarulhos, foi anunciada pela presidenta da Funai, Joenia Wapichana, como uma grande vitória.
Não é para menos: os objetos foram emprestados em 2004 para o Museu de História Natural de Lille, por um prazo de cinco anos. Terminado o período, a instituição solicitou extensão do prazo, mas o processo nunca foi concluído. Em 2015, o Governo brasileiro deu início à solicitação formal para que as peças fossem devolvidas, processo encabeçado pelo Ministério Público Federal (MPF), com apoio do Itamaraty, do Museu Nacional dos Povos Indígenas e da Funai.
O conjunto inclui cocares, brincos, braçadeiras, chocalhos e máscaras produzidos no século XX por 39 povos originários do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Tocantins e Roraima. Um dos destaques é a máscara Cara-Grande, do povo Tapirapé, do Mato Grosso, que pode ter até 1,6 metro de largura e 1,3 metro de comprimento.
O transporte das peças para o Brasil foi antecedido de uma vistoria técnica de todo o acervo em Lille antes da embalagem e transporte em caminhões até um armazém especializado em Paris. Lá, todo o acervo foi submetido ao tratamento por anóxia – processo que envolve deixar as peças em contêineres dos quais é retirado todo o oxigênio, para assim eliminar agentes biológicos (como fungos ou traças) que possam ter se instalado nelas.
Toda a operação de repatriação em solo francês foi realizada pela Chenue, empresa francesa centenária que é líder internacional em logística de obras de arte e sócia da Clé Reserva Contemporânea.
Depois disso, as peças foram novamente embaladas para a viagem de avião até o Brasil. Agora, aguardam a conclusão dos procedimentos de aduana no Aeroporto de Guarulhos e, depois, serão transportadas até o Museu dos Povos Indígenas, no Rio de Janeiro.
Especializada no transporte de obras de arte e acervos museológicos em todo o Brasil, a Art Quality atua inclusive em processos de importação, exportação, expatriação e repatriação de objetos, como neste caso, contando com uma rede internacional de parceiros de logística igualmente especializados. Saiba mais sobre a empresa.