Entre 13 e 17 de fevereiro de 1922, um grupo de artistas e intelectuais paulistas se reuniu no Theatro Municipal de São Paulo para propor a renovação dos padrões estéticos da arte brasileira – era a Semana de Arte Moderna que, completando 100 anos agora, continua sendo debatida e lançando influências sobre a produção artística contemporânea. A efeméride será lembrada ao longo do ano por diversas instituições culturais de São Paulo. Aqui, fizemos uma seleção de alguns desses eventos ou espaços que referenciam esse período icônico da arte brasileira.
Pinacoteca do Estado
Até dezembro, apresenta Modernismo. Destaques do acervo, no edifício principal, localizado no Parque da Luz. Entre as mais de 1000 obras da exposição de longa duração (no segundo andar), o museu destaca 134 trabalhos de artistas ligados ao Modernismo – incluindo a tela Amigos, de Di Cavalcanti, que foi exposta no Theatro Municipal durante a Semana de 22. A seleção também inclui Antropofagia e São Paulo, ambas de Tarsila do Amaral; Bananal, de Lasar Segall e Casal na varanda, do pernambucano Cícero Dias, entre outros.
A Pinacoteca fica aberta de quarta a segunda (fecha às terças). Os ingressos podem ser reservados pela internet.
(Imagem em destaque: Bananal, de Lasar Segall. Óleo sobre tela. Foto: Isabella Matheus. Imagem de divulgação da Pinacoteca)
Centro Cultural FIESP
O espaço sediado na Avenida Paulista realiza, em parceria com o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP a exposição Era Uma Vez o Moderno, reunindo cerca de 400 desenhos, diários, fotos e cartas do período, selecionados principalmente entre o acervo de Mário de Andrade adquirido pela USP nos anos 1960. Com isso, a curadoria apresenta ao público obras de arte do Modernismo lado a lado com documentos do próprio período – por exemplo, o diário de Anita Malfati junto com sua tela O homem amarelo. Veja como visitar.
Casa Mário de Andrade
Localizado na Rua Lopes Chave, na Barra Funda, o sobrado em que morou Mário de Andrade guarda alguns de seus objetos pessoais e sua biblioteca, sendo parada obrigatória para quem quer entender o ambiente em que vivia um dos principais ideólogos do Movimento Modernista. Em fevereiro, a Casa realiza programação comemorativa à Semana de 22. Confira no site.
Casa Guilherme de Almeida
No Pacaembu, a casa onde morou o poeta e tradutor Guilherme de Almeida é outro local obrigatório para amantes do Modernismo. Guilherme foi um dos organizadores da Semana de 22 e recebia grupos de artistas modernistas em saraus animados. Por isso, recebia telas e esculturas de presente – várias delas até hoje mantidas na casa, que funciona como um museu. No acervo, há telas de Anita Malfatti, Lasar Segall e Di Cavalcanti. Veja como visitar.
Museu do Futebol
Em junho, o museu localizado sob as arquibancadas do Estádio do Pacaembu abre a mostra 22 em Campo: Modernismo e Futebol, com curadoria do arquiteto Guilherme Wisnik. A proposta da exposição é discutir como o futebol – assim como o Modernismo – contribuiu para a construção da ideia de Brasil que se tem até hoje.
