Artista eclético nos suportes usados em sua obra, o cearense Sérvulo Esmeraldo (1929-2017) ganhou a mostra Linha e luz, uma retrospectiva de sua trajetória artística que está em cartaz no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB-RJ) até o dia 26 de junho.
Esmeraldo marcou sua obra pela pluralidade técnica, trabalhando do entalhe à xilogravura, passando pela utilização de tecnologias aplicadas na geração de efeitos cinéticos, óticos e eletromagnéticos, sempre se utilizando de linguagem e tratamento das formas que deram à sua expressão artística coerência interna.
O percurso artístico de Esmeraldo foi iniciado na xilogravura. No final dos anos 1940, na Sociedade Cearense de Artes Plásticas, teve contato com a produção de Inimá de Paula, Antonio Bandeira e Amilcar Martins. Enveredou pela pintura e trabalhou na montagem da 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Acabou indo morar em São Paulo, onde foi discípulo de Lívio Abramo.
No Ceará, fundou no Crato o Museu da Gravura. Mas expandiu sua atuação artística ao residir em Paris para experimentar a litogravura e também gravação em metal. Já nos anos 60 entrou para o movimento da arte cinética. Nesse período criou a série de obras batizadas de Excitáveis, com experiências também em objetos escultóricos.
Essa rica experiência artística pode ser visitada gratuitamente às segundas, quartas, quintas, sextas e sábados das 9h00 às 21h00. Aos domingos, entre 9h e 21h. Os ingressos podem ser emitidos pela internet.
A curadoria da exposição é de Marcus Lontra e Dodora Guimarães. Para reunir as obras, os curadores contaram com o apoio logístico da Art Quality, empresa parceira da Clé Reserva Contemporânea, que garantiu condições seguras de embalagem e transporte com profissionais especialmente treinados nas técnicas de manuseio de coleções.